A receita.

Prefiro o barulho.
O som que ecoa do sentimento que guardo, agora aguarda o sinal da orquestra.
Ele ruge como o violão encostado na cadeira.
Em espera ele opera cabreiro, mas nem o vejo no espelho, pois ele é muito mais meu.
E tão teu que te cabe.
O maestro não se permite.
Sinto.
Tão a flor da pele que quase cheira.
Em minha mente tão presente que despenteia.
Calado!
Ele canta.
Num timbre firme e desafinado me solicita o dueto.
Eu me nego.
E grito!
O maestro não se permite...
Eu permito.
Canto.
E o momento convida mais um instrumento.
O maestro se entrega.
O coração acelera.
O rugido, a voz, a batida, a canção!
Meu barulho...
E aí estou.
Como receita de bolo.
Por completa, por inteira...
A canção.

1 comentários:

Nathaly disse...

Ju,ameeei teu blog! muito massa mesmo!
beijo!

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