Às vezes, eu até tento lembrar seu cheiro.
É inútil, claro, mas eu tento mesmo assim.
Nem sei se ele ainda é o mesmo.
Que diferença faz?
Nem sei se você é o mesmo.
Talvez o seu gosto tenha mudado.
E o perfume também.
E se o seu gosto tiver mudado, você também deve estar diferente.
É... deve ser.
Que diferença faz?
Só queria arrancar você do meu peito e lhe guardar nessas palavras.
Na verdade, eu não quero lhe arrancar de nada.
Nem lhe guardar em lugar algum.
Você está bem, aqui.